quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Introdução ao Espírito da Liturgia

Joseph Ratzinger - Bento XVI

Parte III



O Sinai, Deus e Israel:

" No Sinai o povo não recebe somente as prescrições cultuais, mas uma organização jurídica  e uma regra de vida completas. Somente deste modo ele se constitui como povo. Sem uma organização jurídica comunitária, um povo não subsiste. Cai na anarquia, paródia da liberdade, a anulação do arbítrio de cada um, que é a sua total ausência da liberdade. Na organização da aliança, estão envolvidos, além do culto, direito e vida que se entrelaçam. Na idade moderna, vimos que houve um desmembramento que acabou por conduzir á total secularização do direito e excluiu totalmente toda referência a Deus na elaboração desse direito e " Um direito que não se baseia na moral se torna injustiça; uma moral e um direito que não tem sua origem na referência a Deus degradam o ser humano, porque o privam de sua medida mais elevada e de sua possibilidade mais alta, visto que lhe negam a visão do infinito e do eterno; com essa aparente libertação ele é submetido à ditadura da maioria dominante, a critérios humanos limitados que terminam por submete-lo á violência" 

Essência do Culto e da Liturgia

" Uma organização das coisas humanas que desconhece a Deus diminui o ser humano. Por isso culto e direito não podem ficar completamente separados entre si: Deus tem direito à resposta do ser humano, tem direito ao próprio homem, e onde esse direito de Deus desaparece por completo também se dissolve a organização jurídica humana, porque lhe falta a pedra angular que mantém o conjunto unido"


Um comentário:

  1. Boa tarde,

    Muito interessante este seu Blog. É bom saber que ainda existe em Portugal Católicos que amam a Tradição e se dignam a divulgá-la, na pessoa de Bento XVI.

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