sábado, 26 de novembro de 2011

Igreja Católica - Parte I


São João da Cruz nos diz:

" Guiemo-nos, pois, pela doutrina de Cristo-homem, de sua Igreja e seus Ministros,e por este caminho, humano e visível, encontraremos remédios para nossas ignorancias e fraquezas espirituais, pois pra todas as necessidades aí se acha abundante remédio"

Fonte: A Fé explicada. - Padre Léo Trese.

*******

O Espírito Santo e a Igreja.

Ao se instruir um possível converso, normalmente se ensina sobre o significado do perfeito amor a Deus, explica-lhe o que quer dizer um ato de contrição perfeita. Ainda que esse converso deva esperar meses até receber o Batismo, não há razão para que viva esse tempo em pecado. Um ato de de perfeito amor a Deus - que inclui o desejo de se batizar-se - purifica-lhe a alma antes do Batismo. Com certeza a alegria de seu coração já é enorme, mas este converso, se aliviará muito mais e se alegrárá tanto quanto , ao receber o sacramento, porque até este momento, não podia ter a certeza de que seus pecados estavam perdoados.

Por muito que nos esforcemos por fazer um ato perfeito de amor a Deus, nunca poderemos estar certos de te-lo conseguido. Mas quando a agua salvífica lhe é derramada sobre a cabeça o neófito passa a ter a certeza de que Deus veio a ele. A paz da alma, a gozosa confiança que esta certeza proporciona, é uma das razões pelas quais Jesus Cristo instituiu uma Igreja visível.

As graças que Ele nos adquiriu no Calvário, podia te-las aplicado a cada alma direta e invisivelmente, sem recorrer a sinais externos ou cerimonias. No entanto, como conhecia a nossa necessidade de uma segurança visível, preferiu canalizar as suas graças através de símbolos sensíveis.

Cristo instituiu os Sacramentos, para que pudéssemos saber: quando, como e que espécie de graça recebemos. E uns sacramentos visíveis necessitam de um agente visível no mundo, que os guarde e distribua. Este agente visível que é a Igreja instituída por Jesus Cristo.

A necessidade de uma Igreja não se limita, evidentemente, à guarda dos sacramentos. Ninguém pode querer os sacramentos senão os conhece. Como ninguém pode crer em Cristo se antes não lhe falaram dEle. Pra que a vida e a morte de Cristo não sejam em vão, tem que existir uma voz viva no mundo que transmita os ensinamentos de Cristo através dos séculos. Deve haver uma voz audível, deve haver um porta-voz visível, cuja autoridade todos os homens de boa vontade possam reconhecer. ...e tem!

Conseqüentemente, Jesus fundou a sua Igreja não só para santificar a humanidade por meio dos sacramentos, mas, antes de tudo, para ensinar aos homens as verdades que Jesus Cristo ensinou, as verdades necessárias à salvação. Basta um momento de reflexão para nos darmos conta de que, se Jesus não tivesse fundado uma Igreja, até mesmo o nome de Jesus Cristo nos seria hoje desconhecido.

Porém, não nos basta ter à nossa disposição a graça dos sacramentos visíveis da Igreja visível, nem nos basta ter a verdade proclamada pela voz viva da Igreja docente. Precisamos também saber o que devemos fazer por Deus; necessitamos de um guia seguro que nos indique o caminho que devemos seguir de acordo com a verdade que conhecemos e as graças que recebemos.

Da mesma maneira que seria inútil para os cidadãos de um país ter uma Constituição se não houvesse um governo para interpreta-la e faze-la observar mediante uma legislação adequada, o conjunto da Revelação cristã precisa de uma instância que o interprete de modo apropriado.

Como fazer-se membro da Igreja e como permanecer nela? Quem pode receber este ou aquele sacramento, quando e como?

Quando a Igreja promulga as suas leis, responde a perguntas como essas, cumprindo sob Cristo o seu terceiro dever, além de ensinar e santificar: governar.

Conhecemos a definição clássica da Igreja como a" congregação de todos os batizados, unidos na mesma fé verdadeira, no mesmo sacrifício e nos mesmos sacramentos, sob a autoridade do Sumo Pontífice e dos bispos em comunhão com ele”.

Depois continuamos

Nenhum comentário:

Postar um comentário