sexta-feira, 10 de abril de 2009

Meditação sobre Cristo Crucificado por nós





Nesta Sexta-Feira Santa contemplamos Jesus Crucificado. Diversas perguntas poderiam aflorar em nossa mente num dia tão significativo como hoje.

Eu me perguntava: porque será que, eu e muitos outros, não nos comovemos profundamente diante de Jesus Crucificado?

Porque será que tantos cristãos e católicos buscam tantas outras diversões neste dia? Porque será que nunca fomos capazes

de derramar uma lágrima sequer diante de Cristo morto?

Confesso mais uma vez que esta interrogação me perseguiu durante estes últimos dias da Quaresma, e é a resposta para mim
mesmo que compartilho com vocês: nós não sabemos aquilatar o mistério da nossa salvação,não sabemos aquilatar neste mundo o que o pecado realiza em cada um de nós,não sabemos aquilatar a tragédia de um descompasso ou de um afastamento de Deus.

Nós não sabemos a gravidade do mal, também, posso continuar a dizer, que nós desconhecemos aquilo que perdemos, como também desconhecemos aquilo para o qual Jesus nos salvou exatamente com Sua Paixão, Morte e Ressurreição - em outras palavras, queremos confessar diante do Crucificado, nesta Sexta_Feira Santa, a nossa superficialidade, nossa incapacidade de adentrar no mistério de nossa própria Redenção. Não sabemos o que é um pecado, um afastamento de Deus, um inferno, não sabemos também o que é uma Vida Eterna para a qual fomos comprados e resgatados graças a Seu Sangue hoje derramado.

Porém conscientes de nossa fragilidade, superficialidade, nós poderíamos, ao menos hoje, deixar de lado tudo o mais, todas as outras preocupações, e quem sab ,hoje apenas, passar um bom tempo silenciosamente diante do Crucificado, tentando repetir,cada um para si o que S. Paulo escrevia na carta aos Gálatas : "Ele me amou e se entregou por mim"

Quem sabe, a custa de tanto repetir esta jaculatória diante de Cristo Crucificado, Deus nos concederá a graça de aquilatarmos o valor da Redenção de Jesus, a graça de aquilatarmos o estrago que fez em nós o pecado, e a Vida Eterna para a qual fomos salvos.

Pe. Fernando Cardoso

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