segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Banquete do Cordeiro


Por Scott Hann

(Adaptação do livro: O Banquete do Cordeiro)

No Céu Agora Mesmo!

Ao estudar os escritos dos primeiros cristãos, Scott encontra inúmeras referências à "liturgia", à "Eucaristia", ao "Sacrifício". Foi então à Santa Missa (logicamente incógnito, visto que era um ministro protestante, calvinista), como um exercício acadêmico.

Como calvinista, foi instruído para acreditar que a Missa era o maior sacrilégio que alguém poderia cometer. Pois para eles a Missa era um ritual com o propósito de "sacrificar Jesus Cristo outra vez". Entretanto, à medida que a Missa prosseguia, alguma coisa o toca.

A Bíblia estava diante dele nas palavras da Missa!....Isaías, Salmo, Paulo...Não obstante, manteve sua posição de espectador, à parte, até que ouve o sacerdote pronunciar as palavras da consagração:"Isto é o Meu corpo...Este é o cálice do Meu sangue". Então sentiu todas as suas dúvidas se esvairem. Quando viu o sacerdote elevar a hóstia, percebeu que uma prece subia do seu coração em um sussurro: “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!" Quando não foi maior sua emoção ao ouvir toda a igreja orar: ”Cordeiro de Deus. Cordeiro de Deus..Cordeiro de Deus" e o sacerdote dizer: "Eis o Cordeiro de Deus..", enquanto elevava a hóstia.

Em menos de um minuto a frase Cordeiro de Deus ressoou 4 vezes. Graças a longos anos de estudos bíblicos, percebeu imediatamente onde estava. Estava no livro do Apocalípse, no qual Jesus é chamado de Cordeiro nada menos que 28 vezes em 22 capítulos. Estava na festa de núpcias que João descreve no final do último livro da Bíblia. Estava diante do trono do céu, onde Jesus é saudado para sempre como o Cordeiro. Entretanto, não estava preparado para isso - Ele estava na MISSA!

Fumaça Santa

Scott volta à missa por 2 semanas, e a cada dia "descobria" mais passagens das Escrituras consumadas diante de seus olhos. Contudo, naquela capela, nenhum livro lhe era tão visível quanto o da Revelação de Jesus Cristo, o Apocalípse, que descreve a adoração dos anjos e santos no céu.

Como no livro, ele vê naquela capela, sacerdotes paramentados, um altar, uma assembléia que entoava: "Santo, Santo, Santo". Viu a fumaça do incenso, ouviu a invocação de anjos e santos...ele mesmo entoava os aleluias, porque se sentia cada vez mais atraído a essa adoração. A cada dia se desconcertava mais, e não sabia se voltava para o livro ou para a ação no altar, que pareciam cada vez mais ser exatamente a mesma!

Mergulhou nos estudos do Cristianismo antigo e descobriu que os primeiros bispos, os Padres da Igreja, tinham feito a mesma descoberta que ele fazia a cada manhã. Eles consideravam o livro de Apocalípse a chave da liturgia e a liturgia a chave do livro do Apocalípse.

Scott começa descobrir que o livro que ele mais achava desconcertante, agora elucidava as idéias mais fundamentais de sua fé: A idéia da aliança como elo sagrado da família de Deus. Além disso, a ação que considerava a maior das blasfemias - a Missa - agora se revela o acontecimento que ratificou a aliança de Deus: "Este é o cálice do Meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança".

Scott estava aturdido, pois durante anos tentou compreender esse livro como uma espécie de mensagem codificada a respeito do fim do mundo, a respeito do culto no céu distante, algo que os cristãos não poderiam experimentar aqui na terra. Agora, queria gritar a todos dentro daquela capela durante a liturgia: "Ei , pessoal. Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalípse! Consultem o cap.4, vers.8. Isso mesmo! AGORA mesmo vocês estão no céu!!!

Passaram-me para trás.

Os padres da Igreja mostraram que essa descoberta nao era de Scott! Pregaram a respeito há mais de mil anos. Scott, no entanto, estava convencido de que merecia o crédito pela redescoberta da relação entre Missa e o livro do Apocalípse! Então, para sua surpresa, descobre que o Concílio Vaticano II o tinha passado para trás!

Reflitam nestas palavras da Constituição sobre a Sagrada Liturgia:

Na liturgia terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro; com toda milícia do exército celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e , venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que Ele, nossa vida se manifeste, e nós apareçamos com Ele na glória”.

Espere um pouco. Isso é céu. Não, isso é Missa. Não, é o livro do Apocalípse. Espere um pouco: Isso é tudo o que está acima! Scott, se acalma, para não ir rápido demais, para evitar os perigos aos quais os convertidos são susceptíveis! Pois, ele estava rapidamente se convertendo à fé católica!! Contudo, essa descoberta não era produto de uma imaginação superexcitada; era o ensinamento solene de um "Concílio da Igreja Católica".

Com o tempo, Scott descobre que essa era também a conclusão inevitável dos estudiosos protestantes mais rigorosos e honestos. Um deles, Leonard Thompson, escreveu que "até mesmo uma leitura superficial do livro de Apocalípse mostra a presença da linguagem liturgica disposta em forma de culto... Basta as imagens da liturgia para tornar esse extraordinário livro compreensível. As figuras litúrgicas são essenciais para sua mensagem, escreve Thompson, e revelam "algo mais que visões de 'coisas que estão por vir'".

Atrações Futuras


O livro do Apocalípse tratava de Alguém que estava por vir. Tratava de Jesus Cristo e sua "segunda vinda", a forma como, em geral, os cristãos traduziram a palavra grega Parousia. Depois de passar horas e horas naquela capela, Scott aprende que aquele Alguém era o mesmo Jesus Cristo que o sacerdote católico erguia na hóstia. Se os cristãos primitivos estavam certos, ele sabia que, naquele exato momento, o céu tocava a terra.

"Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!"

Ainda assim, restavam muitas perguntas sérias na mente e no coração de Scott: Quanto à Natureza do Sacrifício.
Quanto aos fundamentos bíblicos da Missa.
Quanto à continuidade da Tradição católica.
Quanto a muitos dos pequenos detalhes do culto litúrgico.

Essas perguntas definiram suas investigações nos meses que levaram a sua admissão na Igreja Católica. Em certo sentido, elas continuam a definir seu trabalho de hoje.

"Porem agora ele não faz mais perguntas como acusador ou curioso, mas como filho que se aproxima do Pai, pedindo o impossível, pedindo para segurar na palma da mão uma estrela luminosa e distante."

Scott não crê que Nosso Pai nos recuse a sabedoria que buscamos a respeito de sua Missa. Ela é afinal de contas, o acontecimento no qual ele confirma sua aliança conosco e nos faz seus filhos. Este livro é mais ou menos o que Scott descobriu enquanto investigava as riquezas de "nossa Tradição católica".

Nossa herança inclui toda a Bíblia, o testemunho ininterrúpto da Missa, os constantes ensinamentos dos Santos, a pesquisa dos estudiosos, os métodos de oração contemplativa e o cuidado dos Papas e bispos. Na Missa , você e eu temos o céu na terra.

As provas são prodigiosas.

A experiência é uma revelação - (Vale a pena conhece-las!)


Fonte: O Banquete do Cordeiro

(Depois veremos: A história do Sacrifício)

Scott Hann - um ex protestante que descobriu que a chave para entender a Missa é o livro do Apocalípse, e mais, que a Missa é o único meio para o cristão descobrir o sentido do livro do Apocalípse. Diante disso, se converteu, graças a Deus

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