domingo, 25 de março de 2012

Festa da Anunciação e Encarnação do Verbo











O Santo Padre, Papa Bento XVI nos diz:

"Na Encarnação do Filho de Deus nós reconhecemos o início da Igreja. Tudo provém dela. Qualquer realização da história da Igreja e também todas as suas instituições se devem referir àquela Fonte originária. Devem referir-se a Cristo, Verbo encarnado.

É Ele que nós celebramos sempre: o Emanuel, o Deus-connosco, por meio do qual se cumpriu a vontade salvífica de Deus Pai. E contudo (precisamente hoje contemplamos este aspecto do Mistério) a Fonte divina flui através de um canal privilegiado: a Virgem Maria.

Celebrando a Encarnação do Filho não podemos, por isso, deixar de rezar à Mãe. A ela foi dirigido o anúncio angélico; ela acolheu-o e, quando do fundo do coração respondeu: "Eis... faça-se em mim segundo a Tua palavra" (Lc 1, 38), o Verbo eterno começou a existir como ser humano no tempo.

De geração em geração permanece viva a admiração por este mistério inefável. Santo Agostinho, imaginando que se dirigia ao Cordeiro da Anunciação, pergunta: "Diz-me, ó Anjo, porque aconteceu isto em Maria?". A resposta, diz o Mensageiro, está contida nas próprias palavras da saudação: "Salve, ó cheia de graça" (cf. Sermo 291, 6). De facto, o Cordeiro, "entrando nela", não a chama com o nome terreno, Maria, mas com o seu nome divino, assim como Deus a vê desde sempre e a qualifica: "Cheia de graça grazia plena", que no original grego é 6,P"D4JTµX<0, "amada" (cf. Lc 1, 28).

Orígenes observa que nunca um semelhante título foi dirigido a um ser humano, e que ele não tem comparação em toda a Sagrada Escritura (cf. In Lucam 6, 7). É um título expresso de maneira passiva, mas esta "passividade" de Maria, que desde sempre e para sempre é a "amada" do Senhor, exige o seu livre consentimento, a sua resposta pessoal e originária: no ser amada Maria é plenamente activa, porque acolhe com disponibilidade pessoal a vaga de amor divino que recai sobre ela.

Também nisto ela é discípula perfeita do seu Filho, que na obediência ao Pai realiza totalmente a própria liberdade. A Carta aos Hebreus interpreta o Salmo 39 precisamente à luz da Encarnação de Cristo: "Eis que venho... para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hb 10, 7). Face ao mistério destes dois "Eis", de Cristo e da Virgem, que se reflectem um no outro e que formam um único Amen à vontade de amor de Deus, nós permanecemos assombrados e, cheios de reconhecimento, adoramos"

/ O Anjo do Senhor anunciou a Maria, R/ E Ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria... V/ Eis a escrava do Senhor. R/ Faça-se em mim segundo a Vossa palavra. Ave Maria... V/ E o Verbo se fez Carne, R/ E habitou entre nós. Ave Maria... V/ Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS: Infundi, Senhor, em nossos corações, a Vossa Graça, Vo-lo suplicamos, a fim de que, tendo conhecido pela Anunciação do Anjo, a encarnação de Jesus Cristo, Vosso Filho, pelos merecimentos da Sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da Ressurreição. Isso Vos Pedimos Ó PAI, Por Jesus Cristo, Vosso Filho e nosso Senhor. Amém.

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