Por Padre Leo Trese.
Há muitas “igrejas” no mundo de hoje que se chamam cristãs. Abreviemos o nosso trabalho de escrutínio examinando a nossa própria igreja, a Igreja Católica, e se encontrarmos nela a marca de Cristo, não precisaremos examinar as outras.
Por muito errado que você esteja sobre alguma coisa, sempre é desagradável que alguém lho diga sem rodeios. E enquanto esse alguém lhe for explicando cuidadosamente por que está enganado, é provável que você se mostre mais e mais obstinado. Talvez nem sempre suceda isso consigo, ou talvez você seja muito santo e nunca tenha essa reação. Mas, em geral, nós, os homens, somos assim.
Todos devemos estar dispostos a expor a nossa religião em qualquer ocasião; mas nunca a discutir sobre ela. No momento em que dissermos a alguém: “A sua religião é falsa e eu lhe direi por quê”, fecharemos com uma batida de porta a mente dessa pessoa, e nada do que dissermos depois conseguirá abri-la.
Por outro lado, devemos ver que, se conhecermos bem a nossa religião, poderemos explicá-la, inteligente e amavelmente, ao vizinho que não é católico ou que não pratica: haverá bastantes esperanças de que nos escute. Se pudermos demonstrar-lhe que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja estabelecida por Jesus Cristo, não há razão para dizer-lhe que a “igreja” dele é falsa. Poderá ser que seja teimoso, mas não será estúpido, e é de confiar que tire as suas próprias conclusões.
Tendo isto em mente, examinemos agora a Igreja Católica para ver se apresenta a marca de Cristo, se Jesus a indicou como sua, sem possibilidades de erro.
Primeiro, vejamos a UNIDADE, que o Senhor estabeleceu como característica do seu rebanho.
Observemos esta unidade em suas três dimensões: unidade de credo, unidade de culto e unidade de autoridade.
“ A unidade da Igreja peregrina é assegurada também por laços visíveis de comunhão:
- “a profissão duma só fé recebida dos Apóstolos;”
- “a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos”;
- “a sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, mantendo a concórdia fraterna da família de Deus” (n. 815).
Sabemos que os membros da Igreja de Cristo devem manifestar unidade de credo. As verdades em que cremos são as que foram dadas a conhecer pelo próprio Cristo; são verdades que procedem diretamente de Deus.
Não há verdades mais “verdadeiras” que a mente humana possa conhecer e aceitar do que as reveladas por Deus. Deus é a verdade; sabe tudo e não pode errar; é infinitamente verdadeiro e não pode mentir. É mais fácil crer, por exemplo, que não existe sol em pleno dia do que pensar que Jesus tenha podido enganar-se ao dizer-nos que existem três Pessoas num só Deus.
Por este motivo, consideramos o princípio do “juízo privado” como absolutamente ilógico. Há pessoas que estendem o princípio do juízo privado às questões religiosas. Admitem que Deus nos deu a conhecer certas verdades, mas dizem que cada homem tem de interpretar essas verdades de acordo com o seu critério. Que cada um leia a sua Bíblia, e aquilo que chegue a pensar que a Bíblia significa, esse é o significado para ele.
Não está em nossas mãos escolher e acomodar a revelação de Deus às nossas preferências ou às nossas conveniências. Essa teoria do´“juízo privado” levou, naturalmente, a dar um passo mais: a negar toda a verdade absoluta.
Hoje, muita gente pretende que a verdade e a bondade são termos relativos. Uma coisa será verdadeira enquanto a maioria dos homens pensar que é útil, enquanto parecer que essa coisa “funciona”. Se crer em Deus ajuda você, então creia em Deus; mas, se você pensa que essa crença dificulta a marcha do progresso, deve estar disposto a afastá-la.
E o mesmo se passa com a bondade. Uma coisa ou uma ação é boa se contribui para o bem-estar e a felicidade do homem. Mas se a castidade, por exemplo, parece que refreia o avanço de um mundo que está sempre evoluindo, então a castidade deixa de ser boa.
Em resumo, bom ou verdadeiro é apenas o que, aqui e agora, é útil para a comunidade, para o homem como elemento construtivo da sociedade, e é bom ou verdadeiro somente enquanto continua a ser útil. Esta filosofia tem o nome de pragmatismo.
É muito difícil dialogar com um pragmático sobre a verdade, porque minou o terreno que você pisa começando por negar a existência de qualquer verdade real e absoluta. Tudo o que um homem de fé pode fazer por ele é rezar e demonstrar-lhe com uma vida cristã autêntica que o cristianismo “funciona”.
Talvez nos tenhamos desviado um pouco do nosso tema principal: o de que não há igreja que possa dizer que é de Cristo se todos os seus membros não crêem nas mesmas verdades, já que essas verdades são de Deus, eternamente imutáveis, as mesmas para todos os povos. Sabemos que na Igreja Católica todos cremos nas mesmas verdades: bispos, sacerdotes ou crianças; norte-americanos, franceses e japoneses; brancos ou negros; cada católico, esteja onde estiver, diz exatamente o mesmo quando recita o Credo dos Apóstolos.
Estamos unidos também no culto, como nenhuma outra igreja.
Temos um só altar, sobre o qual Jesus Cristo renova, todos os dias, o seu oferecimento na cruz.
Só um católico pode dar a volta ao mundo sabendo que, aonde quer que vá – à África ou à Índia, à Alemanha ou à América do Sul -, se encontrará sempre em casa, do ponto de vista religioso. Em toda a parte, a mesma Missa; em toda a parte, os mesmos sete sacramentos.
Não estamos unidos entre nós apenas pelo que cremos e pelo que celebramos, mas também por estarmos sob a mesma autoridade.
Jesus Cristo designou São Pedro como pastor supremo do seu rebanho, e tomou as medidas necessárias para que os sucessores do Apóstolo até o fim dos tempos fossem a cabeça da sua Igreja e quem guardasse as suas verdades.
A lealdade ao bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente Santo Padre, será sempre o centro obrigatório da Igreja de Cristo: “Onde está Pedro, ali está a Igreja”.
Uma fé, um culto, uma cabeça.
Esta é a unidade pela qual Cristo orou, a unidade que estabeleceu como um dos sinais que identificariam perpetuamente a sua Igreja.
É uma unidade que só pode ser encontrada na Igreja Católica
Por muito errado que você esteja sobre alguma coisa, sempre é desagradável que alguém lho diga sem rodeios. E enquanto esse alguém lhe for explicando cuidadosamente por que está enganado, é provável que você se mostre mais e mais obstinado. Talvez nem sempre suceda isso consigo, ou talvez você seja muito santo e nunca tenha essa reação. Mas, em geral, nós, os homens, somos assim.
Todos devemos estar dispostos a expor a nossa religião em qualquer ocasião; mas nunca a discutir sobre ela. No momento em que dissermos a alguém: “A sua religião é falsa e eu lhe direi por quê”, fecharemos com uma batida de porta a mente dessa pessoa, e nada do que dissermos depois conseguirá abri-la.
Por outro lado, devemos ver que, se conhecermos bem a nossa religião, poderemos explicá-la, inteligente e amavelmente, ao vizinho que não é católico ou que não pratica: haverá bastantes esperanças de que nos escute. Se pudermos demonstrar-lhe que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja estabelecida por Jesus Cristo, não há razão para dizer-lhe que a “igreja” dele é falsa. Poderá ser que seja teimoso, mas não será estúpido, e é de confiar que tire as suas próprias conclusões.
Tendo isto em mente, examinemos agora a Igreja Católica para ver se apresenta a marca de Cristo, se Jesus a indicou como sua, sem possibilidades de erro.
Primeiro, vejamos a UNIDADE, que o Senhor estabeleceu como característica do seu rebanho.
Observemos esta unidade em suas três dimensões: unidade de credo, unidade de culto e unidade de autoridade.
“ A unidade da Igreja peregrina é assegurada também por laços visíveis de comunhão:
- “a profissão duma só fé recebida dos Apóstolos;”
- “a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos”;
- “a sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, mantendo a concórdia fraterna da família de Deus” (n. 815).
Sabemos que os membros da Igreja de Cristo devem manifestar unidade de credo. As verdades em que cremos são as que foram dadas a conhecer pelo próprio Cristo; são verdades que procedem diretamente de Deus.
Não há verdades mais “verdadeiras” que a mente humana possa conhecer e aceitar do que as reveladas por Deus. Deus é a verdade; sabe tudo e não pode errar; é infinitamente verdadeiro e não pode mentir. É mais fácil crer, por exemplo, que não existe sol em pleno dia do que pensar que Jesus tenha podido enganar-se ao dizer-nos que existem três Pessoas num só Deus.
Por este motivo, consideramos o princípio do “juízo privado” como absolutamente ilógico. Há pessoas que estendem o princípio do juízo privado às questões religiosas. Admitem que Deus nos deu a conhecer certas verdades, mas dizem que cada homem tem de interpretar essas verdades de acordo com o seu critério. Que cada um leia a sua Bíblia, e aquilo que chegue a pensar que a Bíblia significa, esse é o significado para ele.
Não está em nossas mãos escolher e acomodar a revelação de Deus às nossas preferências ou às nossas conveniências. Essa teoria do´“juízo privado” levou, naturalmente, a dar um passo mais: a negar toda a verdade absoluta.
Hoje, muita gente pretende que a verdade e a bondade são termos relativos. Uma coisa será verdadeira enquanto a maioria dos homens pensar que é útil, enquanto parecer que essa coisa “funciona”. Se crer em Deus ajuda você, então creia em Deus; mas, se você pensa que essa crença dificulta a marcha do progresso, deve estar disposto a afastá-la.
E o mesmo se passa com a bondade. Uma coisa ou uma ação é boa se contribui para o bem-estar e a felicidade do homem. Mas se a castidade, por exemplo, parece que refreia o avanço de um mundo que está sempre evoluindo, então a castidade deixa de ser boa.
Em resumo, bom ou verdadeiro é apenas o que, aqui e agora, é útil para a comunidade, para o homem como elemento construtivo da sociedade, e é bom ou verdadeiro somente enquanto continua a ser útil. Esta filosofia tem o nome de pragmatismo.
É muito difícil dialogar com um pragmático sobre a verdade, porque minou o terreno que você pisa começando por negar a existência de qualquer verdade real e absoluta. Tudo o que um homem de fé pode fazer por ele é rezar e demonstrar-lhe com uma vida cristã autêntica que o cristianismo “funciona”.
Talvez nos tenhamos desviado um pouco do nosso tema principal: o de que não há igreja que possa dizer que é de Cristo se todos os seus membros não crêem nas mesmas verdades, já que essas verdades são de Deus, eternamente imutáveis, as mesmas para todos os povos. Sabemos que na Igreja Católica todos cremos nas mesmas verdades: bispos, sacerdotes ou crianças; norte-americanos, franceses e japoneses; brancos ou negros; cada católico, esteja onde estiver, diz exatamente o mesmo quando recita o Credo dos Apóstolos.
Estamos unidos também no culto, como nenhuma outra igreja.
Temos um só altar, sobre o qual Jesus Cristo renova, todos os dias, o seu oferecimento na cruz.
Só um católico pode dar a volta ao mundo sabendo que, aonde quer que vá – à África ou à Índia, à Alemanha ou à América do Sul -, se encontrará sempre em casa, do ponto de vista religioso. Em toda a parte, a mesma Missa; em toda a parte, os mesmos sete sacramentos.
Não estamos unidos entre nós apenas pelo que cremos e pelo que celebramos, mas também por estarmos sob a mesma autoridade.
Jesus Cristo designou São Pedro como pastor supremo do seu rebanho, e tomou as medidas necessárias para que os sucessores do Apóstolo até o fim dos tempos fossem a cabeça da sua Igreja e quem guardasse as suas verdades.
A lealdade ao bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente Santo Padre, será sempre o centro obrigatório da Igreja de Cristo: “Onde está Pedro, ali está a Igreja”.
Uma fé, um culto, uma cabeça.
Esta é a unidade pela qual Cristo orou, a unidade que estabeleceu como um dos sinais que identificariam perpetuamente a sua Igreja.
É uma unidade que só pode ser encontrada na Igreja Católica
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