Em relação a essência da natureza todos somos iguais. Substancialmente somos compostos de corpo e alma, somos da mesma raça humana, estamos todos destinados ao mesmo fim, que é a união com Deus e fomos redimidos pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Se considerarmos, como diz o Papa Leão XIII, " os deveres e os direitos que decorrem dessa unidade de origem e destino, todos os homens são então iguais". A igualdade não está na lei, nem na riqueza, mas no homem, já que este tem seu fundamento em Deus.
Assim diz o Catecismo da Igreja católica : "Criados à imagem do Deus único, dotados duma idêntica alma racional, todos os homens têm a mesma natureza e a mesma origem. Resgatados pelo sacrifício de Cristo, todos são chamados a participar da mesma bem-aventurança divina. Todos gozam, portanto, de igual dignidade"(1934)
Se considerarmos, portanto, os acidentes da natureza, os homens não são iguais, afinal, muitos e diversos são os talentos, a disposição para o trabalho, os diferentes temperamentos, gostos, costumes, virtudes, força física. O exterior, as raças, a condição social, as classes, não importam para Deus. O que importa é que todos fomos feitos à sua Imagem, todos temos o mesmo destino que viver eternamente com Deus, todos fomos chamados a sermos seus filhos no Filho e todos haveremos de prestar contas a Ele no ultimo dia, onde haverá um julgamento para todos. As diferenças entre nós só nos estimulam a viver em união, visando o crescimento de todos, para que, no final das contas, atinjamos o mesmo objetivo, que é ver a Deus. Tal é a visão que deve ter neste mundo, um filho do Altíssimo.
Confirma-nos o Catecismo: Estas diferenças fazem parte do plano de Deus que quer que cada um receba de outrem aquilo de que precisa e que os que dispõem de «talentos» particulares comuniquem os seus benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha: e incitam as culturas a enriquecerem-se umas às outras:
«Eu distribuo as virtudes tão diferentemente, que não dou tudo a todos, mas a uns uma e a outros outra [...] A um darei principalmente a caridade, a outro a justiça, a este a humildade, àquele uma fé viva. [...] E assim dei muitos dons e graças de virtudes, espirituais e temporais, com tal diversidade, que não comuniquei tudo a uma só pessoa, a fim de que vós fosseis forçados a usar de caridade uns para com os outros; [...] Eu quis que um tivesse necessidade do outro e todos fossem meus ministros na distribuição das graças e dons de Mim recebidos» (Santa Catarina de Sena, Il dialogo della Divina provvidenza, 7: ed. G. Cavallini (Roma 1995) p. 23-24.).(1937)
Se os homens são desiguais nos acidentes, parece claro que teremos uma sociedade variada, onde se reconhece tanto as igualdades quanto as desigualdades, ou seja, uma sociedade hierárquica. Assim ela é formada, por conta das diferenças que existem entre nós, de níveis e classes, formando uma pirâmide. Todos os homens são iguais em valor, mas não o são no tocante as funções onde se coloca os dons a serviço do bem comum, para que haja um sociedade justa, onde cada um possa exercer seu papel conforme o desígnio do Criador.
No que concerne o Estado, cabe a ele preservar e proteger os valores que sustentam esta sociedade.
É certo que existem desigualdades iníquas que ferem milhões de homens e de mulheres. Essas estão em contradição frontal com o Evangelho:
«A igual dignidade pessoal postula que se chegue a condições de vida mais humanas e justas. Com efeito, as excessivas desigualdades económicas e sociais entre os membros ou povos da única família humana provocam escândalo e são obstáculo à justiça social, à equidade, à dignidade da pessoa humana e, finalmente, à paz social e internacional» (II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 29: AAS 58 (1966) 1049.).(1938)
A solução cristã para o homem, partindo deste princípio entre a igualdades e desigualdades justas, é que haja esta sociedade em que há classes ou funções diversas. Nossos laços vem das diversas funções e serviços, realizados com respeito, não nos eximindo em saber nossos direitos, e ainda que estes estão atrelados a nossos deveres, diante de Deus e dos homens. A base de nossos relacionamentos, sejam sociais, políticos ou econômicos, "não reside no privilégio que procede do sangue, nem no poder que procede da riqueza; nem reside na eliminação de todos os agrupamentos mediante a negação dos direitos humanos e a redução de todos os trabalhadores à situação de "trabalhadores do Estado", mas sim na diferenciação que se baseia no serviço feito para o bem comum" (Fulton Sheen - O problema da Liberdade pag 204)
Assim diz o Catecismo da Igreja católica : "Criados à imagem do Deus único, dotados duma idêntica alma racional, todos os homens têm a mesma natureza e a mesma origem. Resgatados pelo sacrifício de Cristo, todos são chamados a participar da mesma bem-aventurança divina. Todos gozam, portanto, de igual dignidade"(1934)
Se considerarmos, portanto, os acidentes da natureza, os homens não são iguais, afinal, muitos e diversos são os talentos, a disposição para o trabalho, os diferentes temperamentos, gostos, costumes, virtudes, força física. O exterior, as raças, a condição social, as classes, não importam para Deus. O que importa é que todos fomos feitos à sua Imagem, todos temos o mesmo destino que viver eternamente com Deus, todos fomos chamados a sermos seus filhos no Filho e todos haveremos de prestar contas a Ele no ultimo dia, onde haverá um julgamento para todos. As diferenças entre nós só nos estimulam a viver em união, visando o crescimento de todos, para que, no final das contas, atinjamos o mesmo objetivo, que é ver a Deus. Tal é a visão que deve ter neste mundo, um filho do Altíssimo.
Confirma-nos o Catecismo: Estas diferenças fazem parte do plano de Deus que quer que cada um receba de outrem aquilo de que precisa e que os que dispõem de «talentos» particulares comuniquem os seus benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha: e incitam as culturas a enriquecerem-se umas às outras:
«Eu distribuo as virtudes tão diferentemente, que não dou tudo a todos, mas a uns uma e a outros outra [...] A um darei principalmente a caridade, a outro a justiça, a este a humildade, àquele uma fé viva. [...] E assim dei muitos dons e graças de virtudes, espirituais e temporais, com tal diversidade, que não comuniquei tudo a uma só pessoa, a fim de que vós fosseis forçados a usar de caridade uns para com os outros; [...] Eu quis que um tivesse necessidade do outro e todos fossem meus ministros na distribuição das graças e dons de Mim recebidos» (Santa Catarina de Sena, Il dialogo della Divina provvidenza, 7: ed. G. Cavallini (Roma 1995) p. 23-24.).(1937)
Se os homens são desiguais nos acidentes, parece claro que teremos uma sociedade variada, onde se reconhece tanto as igualdades quanto as desigualdades, ou seja, uma sociedade hierárquica. Assim ela é formada, por conta das diferenças que existem entre nós, de níveis e classes, formando uma pirâmide. Todos os homens são iguais em valor, mas não o são no tocante as funções onde se coloca os dons a serviço do bem comum, para que haja um sociedade justa, onde cada um possa exercer seu papel conforme o desígnio do Criador.
No que concerne o Estado, cabe a ele preservar e proteger os valores que sustentam esta sociedade.
É certo que existem desigualdades iníquas que ferem milhões de homens e de mulheres. Essas estão em contradição frontal com o Evangelho:
«A igual dignidade pessoal postula que se chegue a condições de vida mais humanas e justas. Com efeito, as excessivas desigualdades económicas e sociais entre os membros ou povos da única família humana provocam escândalo e são obstáculo à justiça social, à equidade, à dignidade da pessoa humana e, finalmente, à paz social e internacional» (II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 29: AAS 58 (1966) 1049.).(1938)
A solução cristã para o homem, partindo deste princípio entre a igualdades e desigualdades justas, é que haja esta sociedade em que há classes ou funções diversas. Nossos laços vem das diversas funções e serviços, realizados com respeito, não nos eximindo em saber nossos direitos, e ainda que estes estão atrelados a nossos deveres, diante de Deus e dos homens. A base de nossos relacionamentos, sejam sociais, políticos ou econômicos, "não reside no privilégio que procede do sangue, nem no poder que procede da riqueza; nem reside na eliminação de todos os agrupamentos mediante a negação dos direitos humanos e a redução de todos os trabalhadores à situação de "trabalhadores do Estado", mas sim na diferenciação que se baseia no serviço feito para o bem comum" (Fulton Sheen - O problema da Liberdade pag 204)
Alguns católicos ou mesmo cristãos não católicos, achando estarem sendo caridosos, pedem a Deus a igualdade entre os homens neste mundo, o que contradiz o que acabamos de ver. Nem no céu teremos esta igualdade já que existem os diversos graus de glória conforme se amou a Deus enquanto neste mundo.
Toda ideologia que prega igualdade entre os homens, a luta de classes, e a superioridade de alguma raça, é rechaçada pela Igreja e pelo próprio Deus, tanto que há tempos, os santos padres tem nos alertado para não cairmos neste engodo. Vejam aqui
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