terça-feira, 17 de julho de 2012

A Primeira Besta


Por Scott Hann



Fracassando em seus ataques à mulher e seu filho, o dragão volta-se para combater a descendência dela, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus.

O dragão convoca a própria descendência, duas bestas amendrontadoras. Por incrível que pareça, entre todas as imagens de esperança e espantosas do Apocalípse, estes dois monstros horrendos parecem provocar o maior interesse. Produtores de filmes e evangelizadores televisivos demoram-se muito mais no 666 que no mar cristalino ou no leão de Judá.

Scott sente uma premência de nos convencer da realidade das bestas. Elas são símbolos, mas não são apenas símbolos. São seres espirituais reais, membros da " hierarquia inferior", pessoas demoníacas que controlam e corrompem o destino político das nações. João descreve duas bestas horrendas. Mas Scott crê que as bestas que viu eram muito mais horríveis que sua descrição.

Em grande parte do Apocalípse - mas em especial nos cap. 4 e 5 - João descreve as realidades por trás da Missa. Agora, ele faz o mesmo com o pecado e o mal. Assim como nossas ações na liturgia estão unidas com coisas celestes invisíveis, nossos atos pecaminosos estão ligados à maldade infernal.

Na missa, o que Deus quer fazer de nós? Um reino de sacerdotes que reinem por meio de suas oferendas sacrificais. Por outro lado, o que satanás quer realizar por intemédio das bestas? Quer subverter o plano de Deus, corrommpendo a autoridade governamental, o Estado.

Em seguida, ele revela o demonio da autoridade religiosa corrúpta.

Primeiro as primeiras bestas: do mar emergeum monstro horrível, com dez chifres e sete cabeças, aterradora combinação de leopardo, urso e leão. Os chifres simbolizam poder; os diademas, realeza. Recebe poder e também a realeza do dragão. Entretanto,é errado identificar esta besta com a monarquia geral. Não, a besta representa a autoridade política corrúpta de qualquer tipo.

É tentador , também, identificar a besta exclusivamente com Roma, ou com dinastia herodiana que Roma mantinha na Terra Santa.Com certeza, a Roma da época de João simboliza o tipo de governo representado pela besta. Porém a própria besta não dá margem a uma identificação tão simples. Ela é , na verdade, uma combinação de todos os quatro animais monstruosos de uma visão do profeta veterotestamentário Daniel (veja Dn 7).

Scott segue os padres da Igreja, que entenderam que os animais de Daniel, indicavam quatro impérios pagãos: Babilônia, Medo-Persia, Grécia e Roma - todos os quais perseguiram o povo de Deus antes da vinda do Messias. A besta de sete cabeças do Apocalípse representa, então, todo poder político corrupto.


É um impulso humano considerar o poder do Estado o maior da terra e dizer, como a terra toda no Apocalípse: "quem combate contra ela?" Por medo desse poder - ou desejosas de participar da ação - as pessoas constantemente se comprometem e adoram o dragão e a besta. 

Na história, o exemplo mais ostensivo da usurpação por uma instituição humana das prerrogativas de Deus é Roma com seus Cézares. Eles literalmente exigiam a adoração que pertence só a Deus. E combateram os santos, ao instigar perseguições sangrentas dos que não adoravam o imperador.

Entretanto, mais uma vez Scott precisa enfatizar que a besta não é só Roma, ou os fantoches de Roma, os herodianos. A besta refere-se tanbem a todo governo corrupto, todo Estado que se opõe acima da ordem da aliança de Deus. Mais que isso, a besta representa a força espiritual corrupta por trás dessas instituições.

Depois veremos: A Segunda Besta

Fonte: O Banquete do Cordeiro

Estudo AQUI

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