terça-feira, 21 de maio de 2013

Idade Média e as Guildas.


 Muita mentira de tem sido dita sobre a Idade Média e elas tem se espalhado como peste, tudo para dirimir ou mesmo rejeitar a influência da Igreja Católica na construção da civilização Ocidental. Há, digamos, uma verdadeira ignorância e alguma má fé por parte dos professores de história e por parte dos anti-cristãos espalhados mundo afora. Mas a Igreja sobrevive a todas elas e a história está aí para comprovar os seus feitos.  Um exemplo da atuação da Igreja neste período de forma exemplar  são as chamadas Guildas. Veremos como eram constituídas e como foram de vital importância  para o desenvolvimento humano e econômico, tanto daquela época como para aquelas que sofreram sua influência.

  A Economia Medieval aplicada 

" As guildas da Idade Média, desenvolvidas nos novos centros urbanos, eram associações de mestres e aprendizes  de vários ofícios. Uma guilda de sapateiros compunha-se de mestres sapateiros e jovens aprendizes do ofício. Quando se considerava um aprendiz apto a se tornar mestre, ele recebia a tarefa de fazer uma "obra prima", que seria então julgada pelos mestres. Se passasse no teste, talvez se tornasse um "viajante", o que significava que ele faria uma jornada de um ano ao redor do seu país, hospedando-se nas guildas das cidades que visitasse e aprendendo tudo o que pudesse sobre diferentes modos de exercer a função de sapateiro. (Aposto que ele se divertia no decorrer da viagem!)

Ao retornar a sua cidade, o novo mestre podia montar um negócio para si ou trabalhar em uma loja. Como membro de sua guilda, esperava-se que trabalhasse de acordo com princípios éticos: cobrar preços justos, pagar salários dignos aos seus empregados e só colocar à venda mercadoria de boa qualidade; manter um período de trabalho razoável e não trabalhar aos domingos e dias santos (os quais eram muitos na Idade Média).

As guildas era elementos essenciais da sociedade. Prestavam uma série de funções importantes aos seus membros; entre estes havia trabalhadores muito habilidosos como carpinteiros, padeiros, comerciantes, sapateiros, entre outros. No dia de festa do seu padroeiro, os membros marchavam em procissão até a sua igreja, ordenados com os símbolos da sua guilda; ofereciam banquetes e serviços sociais aos associados e famílias.Talvez doassem um trabalho de arte à igreja local, ou patrocinassem um jovem (que tivesse começado como aprendiz, mas descoberta que tinha mais talento para letras) por um ano na Universidade.

 Os serviços sociais prestados pelas guildas impressionam. De acordo com os estatutos de uma guilda de Southampton, Inglaterra, se um associado adoecesse, os seus colegas, não apenas lhe mandariam comida, mas iriam visita-lo e cuidariam dos membros de sua família temporariamente. Se ele morresse, ajudariam com os preparativos do funeral. Um membro que não pudesse mais trabalhar receberia uma pensão da guilda.

Medidas de controle de qualidade protegiam os clientes. Elas especificavam, por exemplo, a proibição da venda de comida que não fosse saudável e limpa, por açougueiros e cozinheiros. Associados que violassem qualquer um dos regulamentos da guilda era submetidos a penalidades que variavam entre multas e exposição ao ridículo.

Existe uma pequena obra de um comerciante do século XIII em que ele discute como um homem deve se comportar a fim de ser bem sucedido nos negócios. É uma deleitável mistura de conselhos espirituais e práticos, muitos dos quais são relevantes até hoje, e nos permitem compreender um pouco da mentalidade de um comerciante de setecentos anos atrás.

Se acordo com o tratado, o comerciante devia começar o dia ao assistir a Missa e louvar Nosso Senhor, Nossa Senhora, os seus santos favoritos e os seus sócios, a quem ele devia levar em conta no exercício de suas tarefas. Ele tinha de ser educado e cortês, mas astuto o suficiente para inspecionar cuidadosamente os materiais antes de compra-los, e  devia contar com a presença de testemunhas ao fazer qualquer acordo comercial. Ele teria de cobrar preços justos aos clientes e se um objeto apresentasse defeito, ele não poderia oculta-lo, mas vender o produto a um preço mais baixo.

Caberia a ele reconhecer as leis capazes de afetar seus negócios, assim como estudar línguas estrangeiras, exercitar-se para manter a saúde e evitar o desânimo, privar-se de ocasiões de pecado; vestir-se e comer bem, evitar se irritar e estar preparado  para aprender tudo o que pudesse. Em poucas palavras, ele teria de ser um empreendedor ambicioso, mas ao mesmo tempo um homem de virtudes.

Não é de se espantar que a Idade Média Plena (séculos XI e XIII) tenha sido um período tão próspero"

Fonte: As 7 mentiras contra a Igreja católica - Capitulo 2  pags: 59-60
De Diane Moczar



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