sábado, 11 de julho de 2009

Santo Agostinho nos fala...


Queremos Ver a Deus? - Ou seja, chegar ao fim desse caminho... Confessemo-nos primeiramente, e desse modo se abre em nós um lugar para Deus, porque no seu lugar, está a paz. Quem não se arrepende verdadeiramentedos seus pecados, de certa forma permanece em luta contra Deus; não prepara um lugar para o verdadeiro Deus no seu coração, porque o lugar de Deus é a paz. E de que modo começamos a estar em paz com Deus? Confessando-nos a Ele.

A seguir, que faremos para unir-nos a Ele? Experimentaremos desgosto pelo que também desgosta a Deus, A Ele, desagrada-lhe a nossa vida má e, se ela continuar a agradar-nos secretamente, cedo ou tarde nos afastaremos dEle; mas se de verdade a nossa má vida nos desagrada, não hesitamos em unir-nos uma e outra vez a Ele pela confissão. E então já começamos a tornar-nos semelhantes a Ele, porque ao menos nos desagrada o mesmo que desagrada a Deus. Comecemos a bendizer o Senhor por meio da confissão; e acabaremos por unir-nos a Ele por meio da paz.

Mas ainda temos diante de nós uma longa luta, não apenas contra as tentações do demônio, e sim tudo contra nós mesmos: contra os nossos maus hábitos, contra a nossa decrépita vida má que nos arrasta para as velhas rotinas de pecado e nos afasta da vida de Cristo. É-nos anunciada uma vida nova, nós somos velhos: e se a alegria da nova vida nos arrebata, o peso da velha nos curva para o chão. Assim começa a travar-se a guerra dentro de nós.

Ouçamos o que diz o Apóstolo Paulo: Com o espírito sirvo a lei de Deus, mas com a carne a lei do pecado.

Como, com o espírito? Porque nos desagrada o que há de mau na nossa vida.

Como, com a carne? Porque não faltam em nós as incitações e inclinações perversas. Mas na medida em que, no nosso espírito nos vamos unindo a Deus, vencemos em nós o que não queremos cometer.

Assim é sempre: em parte avançamos, em parte ficamos para trás. Recorramos mais vezes a Deus, levemo-nos a nós mesmos Àquele que nos eleva. Sentimo-nos abatidos pelo peso da nossa antiga atitude? Clamemos: Infeliz de mim! Quem me livrará do corpo desta morte? Quem me livrará daquilo que me causa angústia? Este meu corpo, que se corrompe ameaça arrastar consigo a alma: quem me libertará? E a resposta é sempre a mesma: A graça de Jesus Cristo nosso Senhor.

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