quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sete anos de pontificado de Bento XVI

Nesta quinta-feira (19), portanto, hoje -, fazem sete anos que Joseph Ratzinger foi eleito Papa, tendo adotado o nome Bento XVI. Para comemorar esta data, os blogueiros católicos estão preparando um tuitaço, a partir das 16 horas -, para celebrar os sete anos de pontificado de Bento XVI. O hashtag escolhido é #7BXVI.

Vamos participar?



Parte do discurso de sua posse:

"O Bispo de Roma senta-se na Cátedra para dar testemunho de Cristo.

É o símbolo da potestas docendi, aquele poder de ensinar que faz parte essencial do mandato de ligar e desligar conferido pelo Senhor a Pedro e, depois dele, aos Doze.

Na Igreja, a Sagrada Escritura, cuja compreensão aumenta sob a inspiração do Espírito Santo, e o ministério da interpretação autêntica, conferido aos apóstolos, pertencem um ao outro de modo indissolúvel. Onde a Sagrada Escritura é separada da voz viva da Igreja, torna-se vítima das controvérsias dos peritos. Sem dúvida, tudo o que eles têm para nos dizer é importante e precioso; o trabalho dos sábios é para nós um grande contributo para poder compreender aquele processo vivo com o qual a Escritura cresceu e para compreender a sua riqueza histórica. Mas a ciência sozinha não nos pode fornecer uma interpretação definitiva e vinculante; não é capaz de nos fornecer, na interpretação, aquela certeza com a qual podemos viver e pela qual podemos até morrer. Por isso é necessário um mandato maior, que não pode surgir unicamente das capacidades humanas. Por isso é necessária a voz da Igreja viva, daquela Igreja confiada a Pedro e ao colégio dos apóstolos até ao fim dos tempos.

Este poder de ensinamento assusta muitos homens dentro e fora da Igreja. Perguntam-se se ela não ameaça a liberdade de consciência, se não é uma soberba em oposição à liberdade de pensamento. Não é assim.

O poder conferido por Cristo a Pedro e aos seus sucessores é, em sentido absoluto, um mandato para servir. O poder de ensinar, na Igreja, obriga a um compromisso ao serviço da obediência à fé. O Papa não é um soberano absoluto, cujo pensar e querer são leis. Ao contrário: o ministério do Papa é garantia da obediência a Cristo e à Sua Palavra. Ele não deve proclamar as próprias ideias, mas vincular-se constantemente a si e à Igreja à obediência à Palavra de Deus, tanto perante todas as tentativas de adaptação e de adulteração, como diante de qualquer oportunismo.

O Papa João Paulo II fez isto quando, perante todas as tentativas, aparentemente benévolas para com o homem, perante as erradas interpretações da liberdade, realçou de maneira inequivocável a inviolabilidade do ser humano, a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até à morte natural. A liberdade de matar não é uma liberdade, mas é uma tirania que reduz o ser humano à escravidão.

O Papa tem a consciência de que está, nas suas grandes decisões, ligado à grande comunidade da fé de todos os tempos, às interpretações vinculantes que cresceram ao longo do caminho peregrinante da Igreja. Assim, o seu poder não é superior, mas está ao serviço da Palavra de Deus, e sobre ele recai a responsabilidade de fazer com que esta Palavra continue a estar presente na sua grandeza e a ressoar na sua pureza, de modo que não seja fragmentada pelas contínuas mudanças das modas"

Queridos Romanos, agora eu sou o vosso Bispo. Obrigado pela vossa generosidade, obrigado pela vossa simpatia, obrigado pela paciência que tendes comigo! Como católicos, de certo modo, todos somos também romanos.

Com as palavras do Salmo 87, um hino de louvor a Sião, mãe de todos os povos, cantava Israel e canta a Igreja: "De Sião há-de dizer-se: todos lá nascemos..." (v. 5). De igual modo, também nós podemos dizer: como católicos, de certa forma, todos nascemos em Roma. Assim desejo procurar ser, de todo o coração, o vosso Bispo, o Bispo de Roma. E todos nós desejamos procurar ser cada vez mais católicos cada vez mais irmãos e irmãs na grande família de Deus, aquela família na qual ninguém é estrangeiro. Por fim, desejo agradecer de coração ao Vigário para a Diocese de Roma, querido Cardeal Camillo Ruini, aos Bispos auxiliares e a todos os seus colaboradores que, como fiéis, oferecem o seu contributo para construir aqui a casa viva de Deus" (grifos meus)


Rezemos com e pelas intenções do Santo Padre: - Esta oração ele fez pouco antes de ser Papa:

"Senhor, muitas vezes a vossa Igreja parece-nos uma barca que está para afundar, uma barca que mete água por todos os lados. E mesmo no vosso campo de trigo, vemos mais cizânia que trigo. O vestido e o rosto tão sujos da vossa Igreja horrorizam-nos. Mas somos nós mesmos que os sujamos! Somos nós mesmos que Vos traímos sempre, depois de todas as nossas grandes palavras, os nossos grandes gestos. Tende piedade da vossa Igreja: também dentro dela, Adão continua a cair. Com a nossa queda, deitamo-Vos ao chão, e Satanás a rir-se porque espera que não mais conseguireis levantar-Vos daquela queda; espera que Vós, tendo sido arrastado na queda da vossa Igreja, ficareis por terra derrotado. Mas, Vós erguer-Vos-eis. Vós levantastes-Vos, ressuscitastes e podeis levantar-nos também a nós. Salvai e santificai a vossa Igreja. Salvai e santificai a todos nós."

Parabéns Santo Padre, obrigada pelo testemunho de fidelidade, força e verdade! Que a Virgem Santíssima o guarde!

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