Nós cristãos católicos guardamos o Domingo.
Somos filhos de Deus e como tal temos obrigação de render-lhe exteriormente culto e ação de graças. A Fé e a esperança recebidas no Batismo, nos levam sempre a desejar honra-Lo com amor e reverência, reconhecendo Seu grande dom para conosco. Sim, Ele nos fez de forma admirável, nos remiu pelo sangue de Seu Filho e nos quis como filhos no Filho. Render-lhe graças e prestar-lhes culto, para nós, é questão de amor e agradecimento.
Como certa, deve considerar-se que os demais Preceitos do Decálogo são naturais e perpétuos, e não podem de maneira alguma sofrer alteração. Por isso, não obstante a ab-rogação da Lei Mosaica, o povo cristão continua a observar todos os Preceitos que se contêm nas duas Tábuas. Tal acontece, não porque Moisés assim o mandasse, mas porque que eles correspondem à própria natureza das coisas, cuja força intrínsica impele os homens a observá-los.
O Preceito, porém, de observar o sábado, no que refere à determinação do tempo, não é fixo nem perpétuo, mas é passível de mudança. Não pertence aos Preceitos morais, mas antes às prescrições cerimoniais. Não faz parte tampouco da lei natural, porque não é a natureza que nos ensina e move a render culto externo a Deus nesse dia, de preferência a outro qualquer. O próprio povo de Israel só começou a celebrar o dia de sábado a partir do tempo em que foi libertado da escravidão de Faraó.
O tempo em que se devia ab-rogar a observância do sábado como tal, coincide com a época em que deviam também caducar os demais ritos e cerimônias hebraicas, quer dizer, por ocasião da Morte de Cristo. Essas cerimônias eram como que pálidas imagens da luz e da verdade. Força era, portanto, que desvanecessem ao raiar a própria luz e verdade que é Jesus Cristo.
Nesse sentido é que São Paulo escreveu aos Gálatas, repreendendo os que observavam o rito mosaico: "Observais os dias e os meses, os tempos e os anos. Receio, pois, ter trabalhado entre vós inutilmente". A mesma declaração fez ele na epístola aos Colossenses.
Na segunda parte do Preceito, mostra-se que o sétimo dia foi reservado ao culto de Deus, por instituição divina, pois assim rezam as Escrituras: "Seis dias trabalharás, e farás todas as tuas obras. O sétimo dia, porém, é o Sábado do Senhor teu Deus".(Ex 20,9-10) O sentido destas palavras é que devemos considerar o sábado como sagrado ao Senhor, tributando-Lhe nesse dia atos de religião, tomando o dia como um memorial do descanso do Senhor.
Foi designado esse dia para o culto divino, porque não convinha deixar ao critério de um povo mal avisado a livre escolha do tempo, porque iria talvez imitar as festas dos Egípcios.
Portanto, dos sete dias se escolheu o último para o culto de Deus, e esta determinação está cheia de mistério. Esta é a razão por que o Senhor lhe chama de sinal, no Êxodo e no Profeta Ezequiel. (Ez 20,12) "Tomai cuidado em guardar o Meu Sábado, porque é um sinal entre Mim e vós, através de vossas gerações, para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifico".
Era pois um sinal, porque indicava aos homens a necessidade de se consagrarem a Deus, e de se santificarem para Ele. Santo é esse dia, por ser a ocasião principal em que os homens devem cultivar a santidade e a religião. Depois, é um sinal e como que um monumento desta admirável criação do Universo.
Era, ainda, um sinal gravado na consciência dos Israelitas, para se lembrarem de que, por mercê de Deus, foram para sempre libertados da duríssima escravidão do Egito. É o que o Senhor prova com a solene afirmação: "Lembra-te de que tu mesmo foste escravo no Egito, e que de lá te tirou o Senhor teu Deus, com mão vigorosa e com braço armado. Por isso, Ele te mandou observar o sábado".(Dt 5,15)
Enfim, era também um sinal do sábado espiritual, bem como do sábado celestial.
Ora, o sábado espiritual consiste numa espécie de santo e místico repouso que se goza, quando o velho homem, sepultado com Cristo, ressuscita para uma vida nova, esmerando-se em práticas que são próprias da vida cristã. Porquanto, "os que outrora eram trevas, e agora sois Luz no Senhor" devem "andar como filhos da luz ... em toda a bondade, justiça e verdade... e não tomar parte nas infrutuosas obras das trevas".
Sabendo o Senhor de que o preceito de prestar-lhe culto não seria facilmente cumprido por nós, estabeleceu um tempo fixo para que pudéssemos cumprir nossa obrigação. Cumprindo esta, certamente buscaremos cumprir de todo o coração todas as outras prescrições, que são caminho seguro para nos levar à Ele, quando encerrar nosso tempo neste mundo.
Mas por que Domingo, se foi o próprio Senhor quem disse:
"Lembra-te de santificar o dia do sábado. Seis dias trabalharás, e farás todos os teus serviços. No sétimo dia, porém, é o Sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia, não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal de carga, nem o forasteiro que se achar dentro de tuas portas. Pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar, e tudo que neles se encerra, e no sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado, e o fez santo".
Vejamos primeiro o que quer dizer a palavra Sábado: é um termo hebraico que, em vernáculo, quer dizer cessação de trabalho. Por isso sabadear significa parar e descansar. Portanto, o sentido próprio e verdadeiro deste mandamento é que o homem se aplique, de corpo e alma, ao cuidado de prestar piedoso culto a Deus, conservando-se livre, em tempo determinado de ocupações e trabalhos corporais
Guardar e Santificar este dia quer dizer: largar os trabalhos corporais e interesses temporais, conforme o evidenciam as seguintes palavras do Preceito: "Nenhuma obra farás".(Ex 20,10), dando a ele um caráter religioso, consagrado ao culto divino e aos santos exercícios da religião.
"Por conseguinte, celebramos o dia de sábado com a máxima perfeição, se cumprirmos para com Deus os deveres de piedade e religião. Assim, temos realmente um sábado, a que Isaías chama "deleitoso" (Is 58,13), porque os dias festivos constituem, por assim dizer, as delícias do Senhor e dos homens religiosos. Se a esta santa e piedosa celebração do sábado acrescentarmos as obras de misericórdia, muito grandes e copiosos serão certamente - os prêmios que, no mesmo capítulo, nos são prometidos. (Is 58,8-13)
Através dessa significação, "o sétimo dia" veio a chamar-se sábado, porquanto "Deus", depois de concluir e aperfeiçoar o mundo universo, "descansou de toda a obra que tinha feito"(Ex 20,10) por tal nome é que o Senhor chama esse dia no Êxodo. Mais tarde, devido à sua importância, designou-se com o mesmo não só o sétimo dia, mas também a semana inteira. Nesse sentido, declara o fariseu no Evangelho de São Lucas: "Eu jejuo duas vezes aos sábados". (Catecismo Romano)
"Por conseguinte, celebramos o dia de sábado com a máxima perfeição, se cumprirmos para com Deus os deveres de piedade e religião. Assim, temos realmente um sábado, a que Isaías chama "deleitoso" (Is 58,13), porque os dias festivos constituem, por assim dizer, as delícias do Senhor e dos homens religiosos. Se a esta santa e piedosa celebração do sábado acrescentarmos as obras de misericórdia, muito grandes e copiosos serão certamente - os prêmios que, no mesmo capítulo, nos são prometidos. (Is 58,8-13)
Através dessa significação, "o sétimo dia" veio a chamar-se sábado, porquanto "Deus", depois de concluir e aperfeiçoar o mundo universo, "descansou de toda a obra que tinha feito"(Ex 20,10) por tal nome é que o Senhor chama esse dia no Êxodo. Mais tarde, devido à sua importância, designou-se com o mesmo não só o sétimo dia, mas também a semana inteira. Nesse sentido, declara o fariseu no Evangelho de São Lucas: "Eu jejuo duas vezes aos sábados". (Catecismo Romano)
Nos diz ainda o Catecismo Romano:
Porém, na explicação deste Preceito, é preciso cuidar que os fiéis aprendam as semelhanças e as diferenças em relação aos outros Mandamentos. Assim reconhecerão também a razão determinante por que guardamos e santificamos já não o sábado, mas o domingo
Porém, na explicação deste Preceito, é preciso cuidar que os fiéis aprendam as semelhanças e as diferenças em relação aos outros Mandamentos. Assim reconhecerão também a razão determinante por que guardamos e santificamos já não o sábado, mas o domingo
Como certa, deve considerar-se que os demais Preceitos do Decálogo são naturais e perpétuos, e não podem de maneira alguma sofrer alteração. Por isso, não obstante a ab-rogação da Lei Mosaica, o povo cristão continua a observar todos os Preceitos que se contêm nas duas Tábuas. Tal acontece, não porque Moisés assim o mandasse, mas porque que eles correspondem à própria natureza das coisas, cuja força intrínsica impele os homens a observá-los.
O Preceito, porém, de observar o sábado, no que refere à determinação do tempo, não é fixo nem perpétuo, mas é passível de mudança. Não pertence aos Preceitos morais, mas antes às prescrições cerimoniais. Não faz parte tampouco da lei natural, porque não é a natureza que nos ensina e move a render culto externo a Deus nesse dia, de preferência a outro qualquer. O próprio povo de Israel só começou a celebrar o dia de sábado a partir do tempo em que foi libertado da escravidão de Faraó.
O tempo em que se devia ab-rogar a observância do sábado como tal, coincide com a época em que deviam também caducar os demais ritos e cerimônias hebraicas, quer dizer, por ocasião da Morte de Cristo. Essas cerimônias eram como que pálidas imagens da luz e da verdade. Força era, portanto, que desvanecessem ao raiar a própria luz e verdade que é Jesus Cristo.
Nesse sentido é que São Paulo escreveu aos Gálatas, repreendendo os que observavam o rito mosaico: "Observais os dias e os meses, os tempos e os anos. Receio, pois, ter trabalhado entre vós inutilmente". A mesma declaração fez ele na epístola aos Colossenses.
Na segunda parte do Preceito, mostra-se que o sétimo dia foi reservado ao culto de Deus, por instituição divina, pois assim rezam as Escrituras: "Seis dias trabalharás, e farás todas as tuas obras. O sétimo dia, porém, é o Sábado do Senhor teu Deus".(Ex 20,9-10) O sentido destas palavras é que devemos considerar o sábado como sagrado ao Senhor, tributando-Lhe nesse dia atos de religião, tomando o dia como um memorial do descanso do Senhor.
Foi designado esse dia para o culto divino, porque não convinha deixar ao critério de um povo mal avisado a livre escolha do tempo, porque iria talvez imitar as festas dos Egípcios.
Portanto, dos sete dias se escolheu o último para o culto de Deus, e esta determinação está cheia de mistério. Esta é a razão por que o Senhor lhe chama de sinal, no Êxodo e no Profeta Ezequiel. (Ez 20,12) "Tomai cuidado em guardar o Meu Sábado, porque é um sinal entre Mim e vós, através de vossas gerações, para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifico".
Era pois um sinal, porque indicava aos homens a necessidade de se consagrarem a Deus, e de se santificarem para Ele. Santo é esse dia, por ser a ocasião principal em que os homens devem cultivar a santidade e a religião. Depois, é um sinal e como que um monumento desta admirável criação do Universo.
Era, ainda, um sinal gravado na consciência dos Israelitas, para se lembrarem de que, por mercê de Deus, foram para sempre libertados da duríssima escravidão do Egito. É o que o Senhor prova com a solene afirmação: "Lembra-te de que tu mesmo foste escravo no Egito, e que de lá te tirou o Senhor teu Deus, com mão vigorosa e com braço armado. Por isso, Ele te mandou observar o sábado".(Dt 5,15)
Enfim, era também um sinal do sábado espiritual, bem como do sábado celestial.
Ora, o sábado espiritual consiste numa espécie de santo e místico repouso que se goza, quando o velho homem, sepultado com Cristo, ressuscita para uma vida nova, esmerando-se em práticas que são próprias da vida cristã. Porquanto, "os que outrora eram trevas, e agora sois Luz no Senhor" devem "andar como filhos da luz ... em toda a bondade, justiça e verdade... e não tomar parte nas infrutuosas obras das trevas".
Como diz São Cirilo, explicando a passagem do Apóstolo: "Para o povo de Deus, há pois a perspectiva de um repouso sabático" - o sábado celestial vem a ser aquela vida em que, vivendo com Cristo, gozaremos de todos os bens, após a total extirpação de acordo com a palavra da Escritura: "Ali não haverá passará fera alguma"; mas "ali há de haver um caminho limpo, e chamarse-á estrada santa".
Façamos empenho de entrar naquele descanso
Outros dias festivos entre os judeus: Além do sétimo dia, tinha o povo judaico outros dias festivos e santificados, que foram instituídos por Lei Divina. Sua finalidade ter sempre viva a lembrança de insignes benefícios.
Escolha do domingo
A Igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado. Assim como nesse dia começou a brilhar a luz para o mundo universo nossa vida foi retirada das trevas para a luz, em virtude da Ressurreição de Nosso Salvador, realizada naquele mesmo dia, e que nos umbrais da vida eterna. Por isso, quiseram os Apóstolos fosse o "domingo". (Quer dizer: Dia do Senhor - "dies Dominicus")
Vemos também, pela Sagrada Escritura, que esse dia é memorável, pois nele teve início a criação do mundo, e nele foi comum Santo aos Apóstolos.
Instituição dos Dias Santos
Desde o início da Igreja, e nos tempos posteriores, os Apóstolos e nossos santos Chefes instituíram outros dias festivos, para que celebrássemos, com amor e devoção, a lembrança dos benefícios divinos. Entre eles, consideram-se, como os mais insignes, os dias que são consagrados ao culto divino, por causa dos Mistérios de nossa Redenção. Depois, os dias comemorativos da Santíssima Virgem Mãe, dos Apóstolos, dos Mártires e Santos, que reinam com Cristo. Pela exaltação de sua vitória, glorificas a bondade e o poder de Deus, a eles mesmos tributamos as honras devidas, e o povo cristão é levado à imitação de suas virtudes
O preceito do trabalho
Para a sua observância, é de grande alcance uma cláusula do próprio Preceito, a qual se reveste das palavras seguintes: "Seis dias farás as tuas obras; porém o sétimo é o Sábado de Deus".
Destas palavras pode ele inferir a obrigação de exortar os fiéis a que - façam uma vida ociosa e despreocupada; pelo contrário, que, lembrando-se do conselho do Apóstolo, tenha cada qual sua ocupação, e trabalhe de suas próprias mãos, conforme ele mesmo havia ordenado.
Além disso, manda o Senhor, em virtude deste Preceito, fazer nossos trabalhos nesses seis dias, e não deixar para o dia santo nenhum dos trabalhos e obrigações, que devem recair nos outros dias da semana, para que o nosso espírito se não distraia do fervoroso culto às coisas da Religião.
Aspecto negativo do Preceito
Agora vem a explicação da terceira parte do Preceito, que descreve mais de perto a maneira, pela qual devemos celebrar o dia de sábado. Expõe-se, de preferência, o que nesse dia nos é proibido fazer.
Pois, diz o Senhor: "Não farás nesse dia trabalho algum, nem tu, nem filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal de carga, nem o forasteiro que estiver dentro de tuas portas".
Estas palavras nos ensinam, antes de tudo, a evitar categoricamente o que possa, de qualquer maneira, impedir a prática do culto divino. É fácil reconhecer que se proíbe toda a espécie de obra servil, não que seja indecorosa e má por natureza, mas porque distrai nosso espírio culto a Deus, que é o fim determinado pelo Preceito.
Devemos reconhecer o efeito deste Mandamento, porquanto os que são fiéis em cumpri-lo parecem estar na presença de Deus e entreter-se com Ele. Pois, quando nos entregamos à oração, contemplamos a Majestade de Deus, e privamos com Ele; quando escutamos os pregadores escutamos a voz de Deus, a qual chega aos nossos ouvidos por intermédio daqueles que, santa e piedosamente anunciam as coisas divinas. E no Sacrifício do altar adoramos a presença de Cristo Nosso Senhor. Ora, de todos estes bens se tornam participantes aqueles antes de tudo que cumprem zelosamente este Preceito.
Os que desprezam formalmente este Preceito, não obedecendo a Deus nem à Igreja, são inimigos de Deus e de Suas santas Leis. Isto se torna evidente, porque este Preceito é de tal natureza que pode ser observado sem nenhum sacrifício. Ora, Deus não nos impõe trabalhos, que aliás, deveríamos aceitar por amor a Ele, fossem embora os mais difíceis - mas, pelo contrário, ordena-nos de ficar tranqüilos e livres de preocupações temporais. Seria, pois, sinal de grande temeridade rejeitar a obrigação imposta por este Preceito.
Devem servir-nos de exemplo os castigos que Deus contra os violadores deste Preceito, como vemos pela leitura do Livro dos Números ( Nm 15, 35)
Munido de graves sanções
Para não incorrermos nessa cólera de Deus, vale a pena recordar muitas vezes a palavra "Lembra-te", ponderando maduramente os frutos e as vantagens que resultam da observância dos dias festivos, como acima foi declarado.
Façamos empenho de entrar naquele descanso
Outros dias festivos entre os judeus: Além do sétimo dia, tinha o povo judaico outros dias festivos e santificados, que foram instituídos por Lei Divina. Sua finalidade ter sempre viva a lembrança de insignes benefícios.
Escolha do domingo
A Igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado. Assim como nesse dia começou a brilhar a luz para o mundo universo nossa vida foi retirada das trevas para a luz, em virtude da Ressurreição de Nosso Salvador, realizada naquele mesmo dia, e que nos umbrais da vida eterna. Por isso, quiseram os Apóstolos fosse o "domingo". (Quer dizer: Dia do Senhor - "dies Dominicus")
Vemos também, pela Sagrada Escritura, que esse dia é memorável, pois nele teve início a criação do mundo, e nele foi comum Santo aos Apóstolos.
Instituição dos Dias Santos
Desde o início da Igreja, e nos tempos posteriores, os Apóstolos e nossos santos Chefes instituíram outros dias festivos, para que celebrássemos, com amor e devoção, a lembrança dos benefícios divinos. Entre eles, consideram-se, como os mais insignes, os dias que são consagrados ao culto divino, por causa dos Mistérios de nossa Redenção. Depois, os dias comemorativos da Santíssima Virgem Mãe, dos Apóstolos, dos Mártires e Santos, que reinam com Cristo. Pela exaltação de sua vitória, glorificas a bondade e o poder de Deus, a eles mesmos tributamos as honras devidas, e o povo cristão é levado à imitação de suas virtudes
O preceito do trabalho
Para a sua observância, é de grande alcance uma cláusula do próprio Preceito, a qual se reveste das palavras seguintes: "Seis dias farás as tuas obras; porém o sétimo é o Sábado de Deus".
Destas palavras pode ele inferir a obrigação de exortar os fiéis a que - façam uma vida ociosa e despreocupada; pelo contrário, que, lembrando-se do conselho do Apóstolo, tenha cada qual sua ocupação, e trabalhe de suas próprias mãos, conforme ele mesmo havia ordenado.
Além disso, manda o Senhor, em virtude deste Preceito, fazer nossos trabalhos nesses seis dias, e não deixar para o dia santo nenhum dos trabalhos e obrigações, que devem recair nos outros dias da semana, para que o nosso espírito se não distraia do fervoroso culto às coisas da Religião.
Aspecto negativo do Preceito
Agora vem a explicação da terceira parte do Preceito, que descreve mais de perto a maneira, pela qual devemos celebrar o dia de sábado. Expõe-se, de preferência, o que nesse dia nos é proibido fazer.
Pois, diz o Senhor: "Não farás nesse dia trabalho algum, nem tu, nem filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal de carga, nem o forasteiro que estiver dentro de tuas portas".
Estas palavras nos ensinam, antes de tudo, a evitar categoricamente o que possa, de qualquer maneira, impedir a prática do culto divino. É fácil reconhecer que se proíbe toda a espécie de obra servil, não que seja indecorosa e má por natureza, mas porque distrai nosso espírio culto a Deus, que é o fim determinado pelo Preceito.
Devemos reconhecer o efeito deste Mandamento, porquanto os que são fiéis em cumpri-lo parecem estar na presença de Deus e entreter-se com Ele. Pois, quando nos entregamos à oração, contemplamos a Majestade de Deus, e privamos com Ele; quando escutamos os pregadores escutamos a voz de Deus, a qual chega aos nossos ouvidos por intermédio daqueles que, santa e piedosamente anunciam as coisas divinas. E no Sacrifício do altar adoramos a presença de Cristo Nosso Senhor. Ora, de todos estes bens se tornam participantes aqueles antes de tudo que cumprem zelosamente este Preceito.
Os que desprezam formalmente este Preceito, não obedecendo a Deus nem à Igreja, são inimigos de Deus e de Suas santas Leis. Isto se torna evidente, porque este Preceito é de tal natureza que pode ser observado sem nenhum sacrifício. Ora, Deus não nos impõe trabalhos, que aliás, deveríamos aceitar por amor a Ele, fossem embora os mais difíceis - mas, pelo contrário, ordena-nos de ficar tranqüilos e livres de preocupações temporais. Seria, pois, sinal de grande temeridade rejeitar a obrigação imposta por este Preceito.
Devem servir-nos de exemplo os castigos que Deus contra os violadores deste Preceito, como vemos pela leitura do Livro dos Números ( Nm 15, 35)
Munido de graves sanções
Para não incorrermos nessa cólera de Deus, vale a pena recordar muitas vezes a palavra "Lembra-te", ponderando maduramente os frutos e as vantagens que resultam da observância dos dias festivos, como acima foi declarado.
Fonte: Catecismo Romano
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