domingo, 11 de setembro de 2011

Cristo e suas Obras


Por Thiamer Toth

Nosso Senhor é apresentado em diversas imagens, uma das mais comoventes é quando o Menino Jesus sustenta o mundo pela mão.

O contraste entre o pequeno menino e o enorme globo terrestre, exprime uma verdade de fé: Cristo é o Criador do mundo, o soberano Senhor.

Deus se fez Homem! É um pensamento tão espantoso, tão superior à imaginação humana, que nenhum homem poderia inventar semelhante afirmação. A nossa fé é alicerçada neste dogma, contudo a lógica e o raciocínio humano amparam tal afirmativa. A vida de Cristo está repleta de fatos extraordinários, que não podem ser explicados por mera capacidade humana.

Dedicamos antes, ao estudo das palavras de Cristo, em que afirmava categoricamente sua divindade. Isso não basta. Qualquer profeta poderia se proclamar Filho de Deus; qualquer judeu poderia reivindicar o trono; qualquer lunático poderia ter dito o mesmo. Entretanto, além de anunciar ser o Filho de Deus, procede como Deus; e isso, só quem realmente poderia fazer é o Filho Unigênito.

Agora vamos analisar suas obras, que também fornecem precioso testemunho.

Neste livro não poderia enumerar todos os milagres de Cristo detalhadamente, nem mesmo os principais. Nos Evangelhos são encontrados praticamente em todas as passagens, no entanto julgo necessário apresentar alguns milagres como valor comprovativo.

Jesus indicou várias vezes, que suas obras davam testemunho de sua divindade.

Certa vez, João Batista enviou discípulos para perguntar se de fato, Jesus era o Messias esperado. Cristo os despediu com estas palavras: “Ide e contai a João o que ouviste e o que vistes: os cegos, vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam" (Mt 11,4-5). Poderia ter acrescentado ainda: estes fatos extraordinários proclamam verdadeiramente quem sou.

Em outra ocasião condena a incredulidade com estas palavras: “ Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza”(Mt 11,21)

Quando os judeus o cercavam no templo, perguntaram: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente". Jesus respondeu-lhes : "Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim”(Jo 10,24-25)

Pelas palavras de Nosso Senhor, nitidamente vemos que realiza coisas extraordinárias seguindo um plano determinado, como prova de sua missão divina, todavia, realiza sempre com naturalidade. É importante recordar as circunstâncias, porque os inimigos de Cristo, há mais de dois mil anos, tentam apagar os milagres. Evidentemente, se os milagres são verdadeiros, então Jesus é Deus.

Poucos se atrevem a negar os fatos. Mesmo Rousseau foi obrigado a reconhecer:”É tão grande, tão supreedente, tão inimitável, o selo da verdade que os Evangelhos ostentam, que não pode ser mera invenção".

Ninguém nega as obras clássicas, contudo os Evangelhos estão bem mais acessíveis da investigação científica. Como não podem recusar os fatos, tentam explica-los. Objetam que Cristo realizou portentos, porém não eram necessariamente milagres; a sugestão, o hipnotismo, algum artifício mágico….

Caso os milagres fossem realizados, somente em pessoas neuróticas e paralíticas poderíamos contar como sugestão. Realmente alguns doentes podem ser curados por sugestão, contudo lemos que Jesus curou o criado do centurião, sem sequer ve-lo. Foi sugestão? Não sabia quem era nem onde estava o empregado do oficial romano (Lc 7,2-10)

Um pai suplica pela cura do filho. “Vai, disse-lhe Jesus, o teu filho está passando bem “(Jo 4,50). No caminho de volta, os criados vão lhe ao encontro com grande alegria, e contam que na véspera às sete horas a doença tinha sumido; foi a hora em que tinha estado com Jesus.

Quem desejar, pode tentar acalmar o mar e o vento, por “sugestão”; quem sabe “sugestionar” os peixes para que entrem na rede, talvez “sugestionar”cinco mil pessoas famintas, com cinco pães e dois peixes, e encher doze cestos com as sobras. Pode, também experimentar curar um cego de nascença por hipnose, algo que nem a medicina moderna consegue. Com o leproso, apenas disse: "Eu quero, sê curado". No mesmo instante a lepra desapareceu (Mt 8,3) Tudo isso Cristo realizou.

Quem lê com imparcialidade os Evangelhos, necessariamente percebe o poder divino de Cristo, e o reconhece como Deus, Senhor de toda criação.

E ainda não comentei o maior milagre, a própria Ressurreição. Realmente Cristo morreu na sexta-feira – o legionário atravessou-lhe o coração com a lança – e o sepulcro foi encontrado vazio na madrugada de domingo. Foi um golpe fatal para os inimigos de Cristo, que rapidamente tentaram explicar o ocorrido subornando os guardas da sepultura. Esse fato é uma prova de imenso valor.

Um dia, Nosso Senhor disse: "Eu sou a vida". Esta afirmação exprime algo absurdo ou manifesta a divindade de Jesus. Seria uma contradição, professar que o Senhor da vida, padeceu sob Poncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; entretanto, ressuscitou ao terceiro dia. Somente quem ressuscita dos mortos pode afirmar: Eu sou a vida.

Depois dos milagres, não causará espanto outro fato surpreeendente: o perdão dos pecados.
O pecado é uma ofensa grave a Deus, e somente o ofendido pode conceder perdão. Cristo diversas vezes conferiu a si a absolvição dos pecados; isso é uma blasfêmia ou realmente prova da divindade de Jesus.

Cristo perdoa os pecados abertamente, como por exemplo, a cura do paralítico de Cafarnaum: “Filho, teus pecados estão, perdoados”(Mc 2,5). Procede sa mesma forma com Maria Madalena: “Teus pecados estão perdoados”(Lc 7,48). Os judeus compreenderam perfeitamente o significado transcendente dessas palavras, pois escandalizados diziam: “Quem é este que até perdoa pecados?”( Lc 7,49). E por diversas ocasiões quiseram mata-lo: “Não é por causa de alguma boa obra que te queremos apedrejar, mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem te fazes Deus” (Jo 10,33)

Nosso Senhor, longe de dar outra explicação insiste: “ Se eu não faço as obras de meu Pai, não me creiais. Mas se as faço, e se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai” (Jo 10,37-38)

Então, quem é Cristo? Um homem extraordinário? Um profeta? Um enviado de Deus? Não, muito mais que tudo isso, Cristo é Deus. Quem o vê, vê o Pai; a quem Ele perdoar os pecados, o Pai perdoa também; e quem come a Sua carne e bebe o Seu sangue terá a vida eterna.

Além dos milagres que não podem ser explicados, há também as palavras proféticas que supõe um plano superior de sua pessoa.

Certo dia, Frederico, o Grande, perguntou aos súditos se havia algum argumento que provasse a veracidade das palavras de Cristo. Um deles respondeu de pronto: Os judeus, Majestade! O interlocutor queria dizer que, tudo o que profetizado acerca deles aconteceu: a humilhação, a dispersão pelo mundo, as perseguições através dos tempos. Quem, assim podia prever os acontecimentos futuros, deve ser mais que um mero homem.

Porém, há mais, o interlecutor para provar a veracidade das palavras de Cristo, poderia ter dito: Jerusalém! Os mártires! A Igreja Católica!

Com que exatidão se cumpriu a destruição de Jerusalém. Também em relação aos mártires:"chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria". (Jo 16,20). Nas palavras de despedida estabeleceu: "Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos" (Mt 28,19).

Quem poderia imaginar que sua doutrina atravessaria as fronteiras do pequeno povo judeu, espalhando-se pelo mundo. Tudo o que a maldade pode imaginar, foi usado contra a Igreja Católica , enquanto as palavras de Cristo se cumprem: "As portas do inferno não prevalecarão contra ela". (Mt 16,18)

"O Céu e terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mt 24,35) Palavras incríveis que há mais de vinte séculos vão se cumprindo. Reinos, dinastias e nações chegaram ao auge e depois desapareceram; filósofos célebres caíram no esquecimento; somente as palavras de Cristo permanecem atuais, com a mesma força que foram pronunciadas séculos atrás.

Os milagres e as profecias são mais uma prova de que Cristo não era um simples homem.

Não esqueçamos que de nada servirá ouvir as palavras ou admirar as obras, se faltar a boa vontade em dar o último passo na direcão da fé. A vida, as palavras e as obras de Cristo podem se apresentar com clareza meridiana, e mesmo assim permanecermos nos campos gelados da incredulidade. Peçamos sempre, no fim de cada reflexão, a graça da fé.

Fonte: Quem é Cristo - Thiamer Toth

Veja mais:

1 - Cristo e o Homem
2 - Como devemos olhar para Cristo
3 - Quem é Cristo?
4 - Cristo e suas palavras

Depois veremos: Cristo é Deus: a Vida



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